Universidade do Minho

O CES – Conselho Económico e Social, a Universidade do Minho, a Apifarma, a Fundação Mestre Casais, a Fundação Manuel António da Mota e a Fundação Social Bancária, assinaram um protocolo de cooperação em que se comprometem a financiar a realização de um estudo da responsabilidade da Universidade do Minho.

Sob o título “Quem paga a raspadinha?”, este estudo, sob a coordenação de uma equipa multidisciplinar liderada por Pedro Morgado e Luís Aguiar-Conraria, foi desenvolvido em três fases, destinando-se a primeira a fazer a caracterização social e económica de quem joga a raspadinha, através de um inquérito alargado, com base numa amostra de 2.000 pessoas. Na segunda fase são realizadas entrevistas presenciais aos jogadores de raspadinha em postos de venda dispersos pelo território nacional, e, na terceira fase, é realizado um diagnóstico a pessoas com perturbações de jogo patológico.

Existem indícios de que a popular lotaria instantânea que dá pelo nome de “raspadinha” tem maior prevalência junto das classes mais desfavorecidas e das camadas mais frágeis da sociedade, podendo a adição a este tipo de prática representar um grave problema social, económico e em matéria de saúde mental, lembrando que Portugal é o país da Europa com maior gasto per capita neste tipo de jogo, mais do dobro da média europeia.

A Fundação Manuel António da Mota apoiou a realização deste estudo, cujas conclusões serão publicamente divulgadas.