Homenagem às Carquejeiras do Porto na Fundação

Homenagem às Carquejeiras do Porto na Fundação

Dezenas de pessoas compareceram no Auditório da Fundação Manuel António da Mota para participar na homenagem às Carquejeiras do Porto. Numa cerimónia sentida e plena de significado pudemos testemunhar a vida dura destas mulheres até meados do século  passado.

Arminda dos Santos e Maximina Girão, presidente e vice-presidente respetivamente da Associação das Carquejeiras deram a  conhecer aos presentes um local onde durante anos as carquejeiras resistiram e lutaram silenciosamente e comunicaram o seu propósito de angariar fundos para erigir um monumento em homenagem a estas mulheres.

Rui Pedroto, Presidente da Comissão Executiva da Fundação abriu esta sessão, dando as boas vindas ao público e enaltecendo o trabalho da Associação das Carquejeiras e Hélder Pacheco, investigador, escritor e cronista das culturas e tradições populares do Porto mencionou a ausência de revolução industrial como uma das explicações para até muito tarde se recorrer à força humana para desempenhar muitas tarefas que já eram atribuídas a máquinas noutros países, abordando ainda o modo de vida no século passado um pouco por toda a cidade.

O evento contou ainda com a participação de elementos do Rancho Folclórico do Porto, de Lurdes dos Anjos que deu brilhantemente voz aos testemunhos recolhidos juntos das últimas carquejeiras ainda vivas e por fim o poeta popular Carlos Nelson que brindou o público com dois magníficos poemas.

Foi um momento, protagonizado pela Associação de Homenagem às Carquejeiras do Porto com o apoio da Fundação, onde foi prestada homenagem a estas mulheres, divulgada a sua história e enaltecido o esforço muitas vezes sobre-humano a que foram sujeitas durante décadas na cidade do Porto.